Sento-me a escrever estas linhas e não posso deixar de sentir nojo. Uma repulsa visceral que me percorre o corpo e aflora na minha mente imagens desconexas e desconcertantes.
O motivo por detrás deste estado é simples: conheci pela primeira vez alguém que não acredita que o Holocausto aconteceu.
Foi para mim um dos maiores choques intelectuais que alguma vez tive. A argumentação deturpada que me apresentou, a afirmação dogmática e peremptória, uma certeza consolidada naquela mente, que nenhuma visita a Dachau ou Auschwitz poderão alguma vez mudar.
Para mim não era novidade que há muita gente por aí que defende que 6 milhões de judeus, ciganos, deficientes mentais e homossexuais nunca foram executados nos campos de concentração, a começar pelo Presidente do Irão. Mas outra coisa é o próximo, o conhecido, o colega de trabalho, isso sim é a materialização do choque, e o fundo de todo o meu recente desconcerto.
Não vos vou expor os argumentos (muitos) e as teorias que o individuo me apresentou durante as três longas horas que conversámos. Suspeitava das ideias dele, mas arrastado por uma curiosidade mórbida, fui escutando a sua verborreia ideológica e anti-semítica. Queria perceber o que poderia estar por detrás de tais ideias, vindas de alguem com educação universitária (o que me leva a concordar que o canudo já não é sinónimo de nada). Errei. Não aprendi nada de novo.
Terminei a telefonar ao Mega pouco depois de nos despedirmos, pelas sete da manhã, e, como quem vê pela primeira vez ao vivo num Zoo um animal de uma revista da National Geographic, exclamei: “Sabes, acabei de conhecer um daqueles gajos que não acredita no Holocausto!”.
O motivo por detrás deste estado é simples: conheci pela primeira vez alguém que não acredita que o Holocausto aconteceu.
Foi para mim um dos maiores choques intelectuais que alguma vez tive. A argumentação deturpada que me apresentou, a afirmação dogmática e peremptória, uma certeza consolidada naquela mente, que nenhuma visita a Dachau ou Auschwitz poderão alguma vez mudar.
Para mim não era novidade que há muita gente por aí que defende que 6 milhões de judeus, ciganos, deficientes mentais e homossexuais nunca foram executados nos campos de concentração, a começar pelo Presidente do Irão. Mas outra coisa é o próximo, o conhecido, o colega de trabalho, isso sim é a materialização do choque, e o fundo de todo o meu recente desconcerto.
Não vos vou expor os argumentos (muitos) e as teorias que o individuo me apresentou durante as três longas horas que conversámos. Suspeitava das ideias dele, mas arrastado por uma curiosidade mórbida, fui escutando a sua verborreia ideológica e anti-semítica. Queria perceber o que poderia estar por detrás de tais ideias, vindas de alguem com educação universitária (o que me leva a concordar que o canudo já não é sinónimo de nada). Errei. Não aprendi nada de novo.
Terminei a telefonar ao Mega pouco depois de nos despedirmos, pelas sete da manhã, e, como quem vê pela primeira vez ao vivo num Zoo um animal de uma revista da National Geographic, exclamei: “Sabes, acabei de conhecer um daqueles gajos que não acredita no Holocausto!”.
4 comentários:
Existem pessoas que não acreditam no passado e pessoas quem nem acreditam no presente. O que aconteceu durante a 2 guerra mundial foi o que mais marcou a alemanha até hoje. É algo que eles não conseguem tirar da sua historia, e é algo que, eles não querem que o seu povo se esqueça. Por isso qualquer pessoa que isso não aconteceu são processados por lei. Quem hoje em PT diga que não acredita que eles fizeram isso é um ignorante. Pois, a sua ignorancia é tal, que se tivessemos sido invadidos é provavel que os pais deles nunca tenham nascido, pois os nazis consideravam o povo portugues de 2º classe, servis. Como tal as elites, as que cooperassem seriam poupadas, as que não fuziladas, e os restantes seriam colocados em trabalhos forçados.
Diz isto ao teu amigo, e se mesmo assim ele não acreditar, acho que tens argumentos suficientes para ele deixar de ser teu amigo
Eu não acredito que exista quem não acredite que o holocausto aconteceu!!
Confesso que nunca me passou pela cabeça que tal pudesse acontecer. Estou chocada!
"6 milhões de judeus, ciganos..."
Na verdade, se contares com ciganos e com todas as outras vitimas da máquina de terror Nazi, a conta pode ascender a 11 milhões.
Enviar um comentário