Estamos em época Natalícia, altura de amor, paz e de relembrar tradições seculares como a caridade, o altruísmo e claro, o consumismo desenfreado e indiscriminado.Sempre que vejo as iluminações de Natal nas ruas lembro-me sempre dos meus tempos de miudo, e claro, os tradicionais cartazes que anunciam os Circos, ora com animais ferozes, com três pistas ou os típicos palhaços.
Este ano não foi excepção, e - claro - no fim de Novembro já estava a espera daqueles cartazes pendurados nos candeeiros a anunciar as efemérides.
Qual não foi a minha surpresa quando de uma noite para a outra Lisboa ficou pejada desses parasitas de plástico, afixados em tudo quanto era candeeiro, mas no entanto não eram do Chen ou do Cardinalli, mas sim dum novo circo que não conhecia: o MMS.
Vejo o aparecimento de novos partidos políticos sempre com bons olhos, e acredito que são fonte de novas ideias, mas a campanha do MMS parece-me despropositada no tempo e no método.
No tempo porque Novembro e Dezembro são meses onde a cabeça das pessoas anda noutro lado, querem é saber de terminar o mês, receber o seu subsidio de férias ou fazer os fechos de contas das empresas, passar dias a correr nas compras e de uma forma geral andam com as ideias atoladas no season spirit, a última coisa que querem saber é de Mérito ou de Sociedade.
No método porque é foleiro. Cartazezinhos de plástico, enfumados ao vento, lembram-me sempre o PCP, que tantas vezes fazia o mesmo tipo de publicidades, e - como é o tema desta posta - o meio de comunicação privilegiado dos circos.
O MMS começou mal, e não é com acções destas que vai atrair simpatizantes. Ganhem mas é juízo e seriedade, e deixem-se de palhaçadas.
4 comentários:
Manel,
Discordo do teu post.
O MMS começou há muito a sua campanha, primeiro no passa palavra, depois debates na net, a seguir emails e por fim estar presente nos sites onde os portugueses com influencia vão.
Acho engraçado como alguém como tu podes criticar o que eles estão a fazer pois não foi só o PCP que enchia as cidades de propaganda, os outros partidos faziam o mesmo.
É um novo partido e com boas ideias, e como todos os novos partidos muitas das ideias são idílicas. Mas sinceramente é melhor aparecerem novos partidos para tirarem o parlamento da pasmaceira em que está, existe um dualismo politico, ps ou psd e nunca saimos da mesma roda. Para não falar que estes partidos estão desactualizados e despegados da realidade do pais e das pessoas.
Discordo veementemente. Nunca tinha ouvido falar do MMS (ou mesmo deste blog) até hoje, e no entanto, por estranho que pareça, já é a segunda vez que este novo partido esbarra comigo hoje. Tenho que confessar que achei um máximo à maneira como eles estão a divulgar o partido. Estava eu parada num sinal encarnado, quando de repente, sabe-se lá de onde, aparece um estranho que me dá uma caixinha de comprimidos, chocada, olhei para caixa e cheguei a conclusão que não se tratava de comprimidos, mas sim de um “remédio” para o nosso sistema político. A embalagem continha a “chave” para o problema (na realidade era um porta-chaves para o problema) e um papelinho de indicações e contra-indicações do dito medicamento. Vá lá, temos que admitir que eles têm um departamento de marketing excepcional!
O MMS desde o inicio de 2009 tem melhorado a sua campanha, com outdoors e outras acções mais sérias e interessantes (e dignas). Mas continua-me a parecer que os ditos cartazezinhos de plastico (novamente afixados numa 2ª onda na ultima semana de dezembro) são despropositados.
Não consegui fotografar, mas no Saldanha estava um candeeiro com um cartaz do circo cardinali, o candeeiro seguinte tinha um dito do MMS, e o a seguir um do PCP!
Tenha-se em conta que o fundador e actual presidente do MMS, Eduardo Correia, é um conceituado professor de marketing no ISEG.
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